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Xavante de Marãiwatsédé participam de Rede de Sementes do Xingu

Os índios Xavante da TI Marãiwatsédé participaram de uma oficina com coletores da Rede de Sementes do Xingu, com o objetivo de conhecer a estrutura e o funcionamento da iniciativa tendo em vista a formação de um grupo de indígenas capacitados para a atividade.

Por: Comunicação OPAN.

São Félix do Araguaia (MT) – Os índios Xavante da TI Marãiwatsédé participaram de uma oficina com coletores da Rede de Sementes do Xingu, com o objetivo de conhecer a estrutura e o funcionamento da iniciativa tendo em vista a formação de um grupo de indígenas capacitados para a atividade. O evento foi apoiado pela OPAN e contou com a parceria da Associação de Educação e Assistência Social e de agricultores dos assentamentos D. Pedro, em São Félix Araguaia, e Manah, em Canabrava do Norte, na região do baixo Araguaia.

A Rede de Sementes do Xingu realiza um processo continuado de formação de coletores de sementes nas cabeceiras do rio Xingu para colocar nos mercados local e regional – com elevado passivo ambiental – espécies da flora nativa para recuperação de áreas degradadas. Pretende ainda estabelecer uma plataforma de troca e comercialização de sementes, valorizando seus usos culturais diversos, o diálogo e a geração de renda para agricultores familiares e povos indígenas.

A inserção dos Xavante nesta proposta pode ser estratégica para a sustentabilidade do povo que vive na TI Marãiwatsédé, considerada a terra indígena mais devastada da Amazônia, com cerca de 85% de sua área natural convertida em pastagens e lavouras de soja. Eles poderão buscar alternativas de geração de renda e de uso sustentável dos recursos naturais, como forma de apoio à permanência dos jovens na terra e ao fortalecimento de práticas tradicionais, como a coleta de frutos feita pelas mulheres. “Foi uma oportunidade de contato com um projeto interessante que articula a questão ambiental com a geração de renda”, relata Carolina Delgado de Carvalho, indigenista da OPAN.

Ao final do evento, cinco mulheres coletoras formaram um grupo, que passará a participar dos eventos regionais da Rede com intenção de realizar sua primeira venda de sementes ainda este ano.

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A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Atualmente suas equipes trabalham em parceria com povos indígenas do Amazonas e do Mato Grosso, desenvolvendo ações voltadas à garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e na manutenção das culturas indígenas.

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