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TI Pirineus de Souza inicia elaboração de plano de gestão territorial

Iniciativa apoia também atividades produtivas com subgrupos Nambiquara neste território.

Iniciativa apoia também atividades produtivas com subgrupos Nambiquara neste território.

Por: Comunicação OPAN

Comodoro (MT) – O povo indígena Nambiquara/Sabanê recebeu com entusiasmo a equipe do Projeto Berço das Águas para a primeira oficina de elaboração do plano de gestão territorial. As atividades aconteceram entre os dias 11 e 15 de setembro na Terra Indígena Pirineus de Souza (28 mil hectares), no município de Comodoro, em área de transição entre o Cerrado e a floresta amazônica.

O objetivo desta etapa do trabalho foi realizar um diagnóstico rápido participativo das atividades de caça, pesca, roça e coleta, citadas pelos indígenas como diretamente ligadas à produção local de alimentos, artesanatos, utensílios, instrumentos musicais e renda. Esses recursos são amplamente dominados pelos indígenas quanto à sua diversidade, localização e o manejo. Eles foram convidados a elaborar mapas temáticos sobre os recursos utilizados e apresentaram desenhos ricos em detalhes. Esses materiais serão importantes para a composição de seu plano de gestão territorial, cujas reflexões para sua elaboração já tiveram início.
 
“Isso vai ser muito bom. Ninguém conhece a gente, estamos escondidos. O plano vai ser muito bom para as pessoas conhecerem a gente”, disse um dos líderes, Leonel Tawandê. Por outro lado, na Terra Indígena Pirineus de Souza, o projeto chega também com a vertente de apoiar a realização de atividades produtivas, neste caso contribuindo para aumentar a quantidade e variedade de espécies da agricultura dos próprios Sabanê. O Projeto Berço das Águas é executado pela Operação Amazônia Nativa (OPAN) e patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental.
Os Sabanê estão divididos em sete pequenas aldeias, totalizando 309 pessoas. São falantes da língua Sabanê, pertencente à família linguística nambiquara. Cultivam roças de mandioca, feijões, batata, milho, cará, entre outros. Mas o destaque para a geração de renda tem sido a produção de banana, atualmente vendida na cidade de Vilhena (RO), a cerca de 20 quilômetros da terra indígena. Os Sabanê costumam, ainda, realizar expedições de caça para os rituais e coletam frutos como o patuá, buriti e tucum, importantes para alimentação e artesanato. Reconhecem em seu território diferentes unidades de paisagens como mata alta e baixa, cerrado alto, campos, vargem (campos alagados), cavernas, patuazal e taquaral.
 
Projeto Berço das Águas
O quê: Projeto para elaborar planos de gestão territorial em terras indígenas da bacia do rio Juruena e fomentar cadeias produtivas de frutos nativos do Cerrado e da Amazônia para fins de geração de renda e sustentabilidade ambiental dos territórios.
Para quê: Apoiar a gestão territorial e a melhoria das condições de vida dos povos Manoki, Myky, Nambiquara/Sabanê.
Quando: 2011-2012
Quem: Operação Amazônia Nativa (OPAN), com patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental
Onde: Terras Indígenas Myky e Manoki, no município de Brasnorte, Tirecatinga, no município de Sapezal e Pirineus de Souza, no município de Comodoro (MT).

OPAN
A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Atualmente suas equipes trabalham em parceria com povos indígenas do Amazonas e do Mato Grosso, desenvolvendo ações voltadas à garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e no fortalecimento das culturas indígenas.

Contatos com imprensa
Andreia Fanzeres:                         +55 65 33222980             / 84765620
OPAN – Operação Amazônia Nativa