01 de julho de 2013

Os Rikbaktsa, ocupantes imemoriais do Vale do Rio Juruena, enfrentaram nos últimos 50 anos o desafio de reinventar a sua própria existência mediante um contexto de conflitos, epidemias e deslocamento geográfico forçado, que resultou em decréscimo populacional e perdas territoriais. A chegada das frentes colonizadoras ao médio e baixo curso do Vale do rio Juruena […]

Os Rikbaktsa, ocupantes imemoriais do Vale do Rio Juruena, enfrentaram nos últimos 50 anos o desafio de reinventar a sua própria existência mediante um contexto de conflitos, epidemias e deslocamento geográfico forçado, que resultou em decréscimo populacional e perdas territoriais.

A chegada das frentes colonizadoras ao médio e baixo curso do Vale do rio Juruena e a “pacificação” realizada pela Missão Jesuíta, forçaram um processo de territorialização que, após circunstâncias de alteração acelerada da paisagem regional, culminou na delimitação de três terras indígenas reservadas para a ocupação por este povo. Longe de alcançar a amplitude geográfica do território de ocupação tradicional, as três áreas resguardaram apenas uma parcela deste.

Neste artigo, o contexto de reconfiguração do território Rikbaktsa é discutido, destacando-se o processo de regularização de uma das três terras indígenas demarcadas, a saber, a Terra Indígena Escondido; analisando os fatores que determinaram do ponto de vista dos indígenas, estratégias e prioridades estabelecidas no processo de reivindicação da demarcação.

Da análise da re-existência Rikbaktsa conclui-se que a articulação entre os jovens transferidos para o internato religioso – que passam a retornar para o território Rikbaktsa a partir de um processo de reorientação da atuação missionária – e os adultos e idosos transferidos para os postos de atendimento da missão jesuíta, bem como a articulação dos conhecimentos tradicionais aos novos conhecimentos; foi elemento central dentro da dinâmica de reivindicação pelo reconhecimento jurídico de parte do território imemorial como terra indígena.

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