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Xavante de Marãiwatsédé participam de formação de interlocutores

Entre os dias 16 e 21 de maio, o Ibama esteve na Terra Indígena Marãiwatsédé para realizar um curso de 40 horas e capacitar jovens, guerreiros e lideranças Xavante como interlocutores locais.

Por: Comunicação OPAN

Alto Boa Vista (MT) – Entre os dias 16 e 21 de maio, o Ibama esteve na Terra Indígena Marãiwatsédé para realizar um curso de 40 horas e capacitar jovens, guerreiros e lideranças Xavante como interlocutores locais. A OPAN apoiou a realização da oficina.

O principal objetivo foi orientar os indígenas a se posicionar como um interlocutor sobre as questões ambientais que afetam Marãiwatsédé junto ao Ibama e outros órgãos públicos. O Ibama vem realizando nos últimos anos frequentes operações de fiscalização embargando e apreendendo o cultivo ilegal de grãos dentro do território tradicional xavante. Nesse processo, a participação dos índios é fundamental para o fim de atividades de fiscalização da terra indígena. De acordo com Mauro Baldini, analista ambiental do Ibama que conduziu a oficina, as orientações pretenderam mostrar como agir de forma preventiva em questões que apresentam risco ambiental, como participar ou propor palestras de educação ambiental para o povo indígena, sugerir a solução de conflitos socioambientais e como evitar e se proteger de situações de perigo.

De maneira participativa, os indígenas discutiram a história, a cultura, a saúde, a educação e o meio ambiente em Marãiwatsédé, expressando seu olhar sobre cada um desses temas e mostrando de que maneira se relacionavam com órgãos públicos. O Ibama ajudou na compreensão dos papéis dos órgãos ambientais e introduziu itens sobre legislação indigenista e ambiental.

A oficina abrangeu atividades teóricas e dinâmicas de grupo, assim como ações práticas em campo, que valorizaram a observação e o senso crítico dos índios sobre seu cotidiano. A OPAN avaliou que a metodologia utilizada pelo Ibama para tocar em questões pertinentes ao povo Xavante foi acertada.

Durante os dias da oficina, os indígenas ressaltaram por meio de falas e desenhos a importância dos recursos naturais em seu território tradicional, lamentando a destruição de grande parte da natureza da qual utilizavam para manterem uma boa qualidade de vida e indicando que estão empenhados na recuperação ambiental da terra indígena.

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A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Atualmente suas equipes trabalham em parceria com povos indígenas do Amazonas e do Mato Grosso, desenvolvendo ações voltadas à garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e na manutenção das culturas indígenas.

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