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Indígenas realizam plantio de buriti

Enquanto representantes do povo Xavante de Marãiwatsédé participavam ativamente da mobilização em Cuiabá, que discutiu e protestou contra as ameaças aos direitos indígenas durante a Semana do Índio, na aldeia, em Marãiwatsédé, dezenas de pessoas aproveitaram para consolidar a permanência em seu território tradicional através de plantios de buriti.

Por: Comunicação OPAN

TI Marãiwatsédé, São Félix do Araguaia (MT) – Enquanto representantes do povo Xavante de Marãiwatsédé participavam ativamente da mobilização em Cuiabá, que discutiu e protestou contra as ameaças aos direitos indígenas durante a Semana do Índio, na aldeia, em Marãiwatsédé, dezenas de pessoas aproveitaram para consolidar a permanência em seu território tradicional através de plantios de buriti.

O buriti é uma palmeira de suma importância para os Xavantes, bem como para outros povos indígenas. Além de consumirem e apreciarem os frutos, eles utilizam o olho do buriti para fazerem artesanatos e outros ornamentos rituais. As folhas são aproveitadas para confecção de esteiras e paredes laterais das casas, além de diversos outros usos culturais.

No final de março, foram distribuídas para a comunidade 840 mudas de buriti e abacaxi, além de 588 ramas de mandioca brava e aproximadamente 168 abóboras para todas as famílias de Marãiwatsédé. No dia 18 de abril, os jovens que serão iniciados no ritual de furação de orelha (Uapté) plantaram 6,5 quilos de sementes de buriti no córrego Sipiti, junto com alunos, professores, direção da escola, facilitadores indígenas e equipe indigenista da OPAN.

Em solidariedade à luta Xavante para viver com qualidade em seu território ancestral, essas sementes foram doadas pelos parentes Myky e Manoki do município de Brasnorte, que participam do Projeto Berço das Águas. A atividade foi conduzida pelos próprios Xavante, que definiram quantidades e locais estratégicos para o plantio.

Desde 2009, a OPAN desenvolve trabalhos que visam garantir a soberania alimentar do povo Xavante de Marãiwatsédé, apoiando também o fortalecimento de práticas culturais e de alternativas de renda baseadas na conservação da natureza entre os indígenas.

OPAN

A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Atualmente suas equipes trabalham em parceria com povos indígenas do Amazonas e do Mato Grosso, desenvolvendo ações voltadas à garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e no fortalecimento das culturas indígenas.

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