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Conquista histórica: Fundo Amazônia direciona recursos diretos para os povos indígenas

O evento de celebração dos 35 anos da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), realizado dia 19 de abril, teve uma boa notícia da diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Tereza Campello. Ela anunciou a aprovação de dois projetos destinados a propostas executadas e gerenciadas diretamente pelos povos indígenas, algo inédito e há muito reivindicado.

São duas as iniciativas: um de redes indígenas, em parceria com a Coiab e a The Nature Conservancy (TNC); outro, o Dabacury, uma parceria entre a Coiab e a Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE) “São 147 milhões que nós apoiamos, mais do que tudo o que nós já fizemos no Fundo Amazônia ao longo de todos esses 15 anos anteriores”, contou a diretora em relação aos projetos.

Tereza Campello contou a trajetória que o BNDES fez para chegar nesses projetos hoje: “A gente vem avançando do ponto de vista institucional. Se no começo tínhamos vários projetos voltados para os indígenas mas que eles não tinham gestão direta dos recursos – e essa era uma das principais críticas que vocês faziam e que a gente veio escutando, tentando construir, tentando melhorar – , a gente tem o orgulho de poder chegar agora e anunciar que todos os projetos dos povos indígenas que nós estamos apoiando no Fundo Amazônia tem gestão direta de povos indígenas, vão chegar diretamente nas comunidades”.

Ela parabenizou a Coiab, as lideranças presentes e o atual governo, saudando em especial as ministras Marina Silva e Sonia Guajajara, e destacou que os projetos são uma conquista do movimento indígena nos 35 anos de percurso. “É resultado dessa luta, dessa resistência, com frutos que essa contribuição maravilhosa nos ajudou a chegar aqui hoje”, concluiu.