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Homenagem a Alessandra Alves de Arruda Guató

Lamentamos profundamente o falecimento, nesta quarta-feira (22), de Alessandra Alves de Arruda Guató, 41. Além de ser uma importante liderança indígena de Mato Grosso, era reconhecida pelos companheiros de percurso como uma pessoa determinada, sensível, guerreira, amorosa e fiel aos seus ideais.

Originária da aldeia Terradinho, da Terra Indígena Baía dos Guatós, Alessandra lutava há seis anos contra um câncer. Mesmo durante esse período, nunca abriu mão de suas lutas e atribuições. Era a atual presidenta da Organização das Mulheres Indígenas de Mato Grosso (Takiná).

Alessandra Guató foi uma importante liderança indígena de Mato Grosso

Formada em psicologia pela UFMT, estava cursando mestrado em antropologia na mesma instituição. Durante sua trajetória no movimento indígena, encampou lutas territoriais e em defesa dos povos do Pantanal, além de contribuir com a educação escolar indígena e com a união e mobilização das mulheres.

“Alessandra lutou por território, pela organização de seu povo Guató, pela organização das mulheres, por respeito, por sua família, por reconhecimento de sua gente pantaneira. Lutou por muitas causas e todas seguem mais fortes graças à sua grande contribuição”, comentou Ivar Busatto, coordenador-geral da OPAN.

O povo Guató vive, desde tempos imemoriais, nas planícies alagadas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bolívia. Guadakan (Pantanal na língua Guató) é o seu lar, de seus antepassados e de seus descendentes. Alessandra deixa um admirável legado de luta e resistência. É especialmente difícil a sua despedida.

Nosso abraço solidário aos amigos e familiares.

Equipe OPAN