OPAN

Resistências e disputa hegemônica de grupos subalternos frente ao agronegócio na região do ARAGUAIA (MT)

Maria Dolores Campos Rebollar.

Tese de Doutorado da indigenista da OPAN Maria Dolores Campos Rebollar apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense.

A temática dessa pesquisa se centra no estudo de grupos subalternos no meio rural brasileiro, suas potencialidades e desafios para disputar hegemonia frente ao avanço do agronegócio. Ao mesmo tempo que existe uma expansão do agronegócio e projetos desenvolvimentistas associados à lógica exploratória do capitalismo, existe um aumento e fortalecimento de práticas agroecológicas que dialogam com a multiculturalidade existente. As crises ambientais e climáticas, junto à preocupação global pela segurança alimentar e a crescente demanda social por uma alimentação saudável, criam condições novas para a valorização e empoderamento de grupos subalternos atrelados historicamente ao “atraso”. Para a abordagem dos grupos pesquisados, o estudo usa como pano de fundo a contraposição de dois modelos: agronegócio e a agroecologia e suas “concepções de mundo”. A pesquisa se vale, como marco referencial, do Materialismo Histórico Dialético, Filosofia da Práxis, e categorias gramscianas. Gramsci afirma que, para superar a subalternidade e adquirir condições de disputar hegemonia, é essencial a organização política, a elaboração de um projeto nacional-popular e a “fundação de um novo Estado” e, para isso, a conquista de uma autonomia que se renove e seja duradoura.


Maria Dolores Campos Rebollar. Resistências e disputa hegemônica de grupos subalternos frente ao agronegócio na região do ARAGUAIA (MT).2020