OPAN

Entendendo o mercado de carbono em terras indígenas

Juliana Miranda, Renato Rodrigues Rocha.

Apresentação

Em alguns lugares, a chuva está mais forte. Em outros, a seca é mais severa, como nunca tínhamos visto antes. Sentimos as mudanças do tempo no nosso dia a dia, em tudo o que fazemos, seja na roça prejudicada pela enchente, ou na necessidade de irrigação por falta da água, ou no sumiço dos peixes e da caça. Vemos na televisão que os cientistas estão cada vez mais preocupados com a trajetória de aquecimento do planeta Terra, ao mesmo tempo em que tem sido mais frequente para muitas comunidades indígenas a visita de empresas ligadas ao mercado de carbono que prometem um bom dinheiro em troca da floresta em pé.

Mas o que todas essas mudanças têm a ver com a chegada desse novo negócio nos territórios indígenas? Pensando nessa e em muitas outras dúvidas, elaboramos este caderno para que as comunidades se sintam mais informadas sobre este assunto tão complexo.

Na primeira parte, vamos entender por que o tempo está tão mudado, o que são os gases de efeito estufa e quem tem sido mais prejudicado com as mudanças climáticas. Na segunda, vamos saber quem discute e toma decisão sobre o clima mundialmente e, logo depois, na terceira, como surge a ideia de comprar e vender créditos de carbono como mecanismo para incentivar a redução dos gases que causam as mudanças climáticas. Na quarta parte, veremos o passo a passo dos projetos REDD+. E, finalmente, na quinta parte deste caderno vamos conhecer alguns alertas que precisam ser observados para que não se reproduzam violações de direitos dos povos indígenas no contexto da implementação de projetos de carbono. Será que está dando certo? Como isso está acontecendo nas terras indígenas do Brasil?

Desejamos uma ótima leitura.


Juliana Miranda, Renato Rodrigues Rocha. Entendendo o mercado de carbono em terras indígenas.2025