O trabalho traz uma investigação realizada na aldeia Nova Munduruku, do povo Munduruku da Terra Indígena Apiaká/Kayabi, na cidade de Juara/MT, e tem como problemática de pesquisa a seguinte reflexão: se a atividade de coleta de castanha é tradicional do povo Munduruku, como é feito o intercâmbio e a gestão entre as pessoas da comunidade Nova Munduruku? De que forma tem sido vivenciada a gestão administrativa na Comunidade Nova Munduruku na relação extrativista e de comércio da castanha do Brasil junto a uma cooperativa não indígena?
A metodologia do trabalho primou pela pesquisa qualitativa (Minayo), associada à etnografia (Geertz), e foi sustentada no método da dialética marxista. As ferramentas de pesquisa utilizadas foram a entrevista e a observação participante, valendo-se da revisão bibliográfica como fundamentação teórica em todo o trabalho. O trabalho traz a discussão de cultura abordada por Canclini através de conceitos de hibridização e interculturalidade.
Também foi apontada a relação do capital entre uma comunidade indígena e uma cooperativa não indígena e as implicações desta parceria refletida diretamente no interior da comunidade. E foi abordado o trabalho cooperado desenvolvido na comunidade Nova Munduruku.